Idade média

As antigas autoridades eclesiásticas desaprovavam a tortura até o momento em que esta é usada contra os hereges. Os padres não podiam praticá-la sobre os acusados e mesmo os "adeptos" deviam demonstrar especial piedade. Pouca piedade foi, no entanto, demonstrada na supressão dos Templários. Entre 1307 e 1310, 36.000 Templários morreram em Paris sob tortura. A prática da tortura foi reforçada pela propensão dos juristas medievais de referir-se em medida sempre maior ao direito romano na procura da verdade. De antemão os procedimentos inquisitórios podiam ser praticados somente com o consentimento do acusado, ou então se esse era "pego com a mão no fogo". A seguir, tais práticas se afirmaram, principalmente na Alemanha e na Itália, e a tortura era empregada com um objetivo principal: obter confissões de imputados relutantes, de modo que a própria confissão contivessem "elementos que só o acusado podia conhecer."

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